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Jesus

Espiritualidade

Jesus

Não há imagens mais belas, mais interessantes, mais encantadoras em todos os Livros Sagrados que as duas que nos oferece o Novo Testamento. A primeira imagem é a de Jesus que nos diz cheio de amor, de dignidade, de compaixão e de ternura: “Venham a Mim todos os que estão cansados e eu os aliviarei e os confortarei; venham a Mim todos e aprendam de Mim que sou manso e humilde de coração, e acharão descanso e paz para suas almas”. Venham todos e aprendam de mim a serem felizes. Há vinte séculos, o Bom Jesus está repetindo continuamente, ao coração de todos os mortais, este convite amoroso: Venham todos a Mim, aprendam de Mim... 

E quem já não ouviu ressoar muitas vezes esta voz amiga de Deus e Pai em seu coração?

Jesus Teresiano

Venham a Mim, diz, especialmente os que sofrem, que trabalham, que andam carregados com o peso da tribulação; venham ao meu coração que acharão compaixão para todas as misérias, remédios para todos os males, fortaleza para os desânimos, vitória para as tentações, felicidade, paz e alegria no Espírito Santo. Venham ao meu Coração ferido e aberto por amor de vocês, e encontrarão repouso, vocês que combateram com tantas contradições e tantos inimigos. Todos devem vir a Mim, diz Jesus, e quanto mais miseráveis, maior direito vocês tem de serem recebidos, de serem escutados, de serem remediados, porque eu sou o Pai dos pobres e chamei vocês para socorrê-los; mas venham confiantes, aqui acharão o remédio para todos os males, porque Eu sou a fonte de todo o bem. Venham prontamente, porque meu coração anseia e deseja fazer mais do que vocês desejam receber.

Corações cristãos, vamos todos ao Coração de Jesus. Nenhum recuse tão divino convite, pois isso entristeceria a tão nobre e divino Coração, o Coração do Rei dos céus e da terra. Pecadores, vamos ao Coração de Jesus, para encontrarmos o perdão. Almas justas também, para se santificarem ainda mais.  Crianças inocentes, para conservar a pureza. Vamos todos: grandes e pequenos, ricos e pobres, nobres e plebeus, porque Ele nos chama a todos.

 Enfim, vamos todos ao Coração de Jesus: grandes e pequenos, ricos e pobres, porque o bom Jesus chama a todos com infinito amor. E Tu, Coração amantíssimo de Jesus, recebes a todos, pois a todos nos chamaste. Suporta-nos a todos  porque a todos nos remiste e nos tornas dignos de escutar e aprender tua doutrina, imitar tuas virtudes, viver e morrer abrasados em teu amor. Amém

A segunda imagem encantadora nos é dada pelo Discípulo amado do Coração de Jesus, o Evangelista São João, quando nos apresenta o dulcíssimo Jesus, em pé, à porta de nosso coração, chamando:

- “Eu estou à porta e bato”.

 

Se víssemos o formosíssimo Jesus, em pé, diante de uma pessoa, de dia e de noite, sofrendo os ardores do sol no verão e os rigores do frio no inverno, a chuva, o vento, o relento e perguntássemos:

- Que fazes aqui em pé tantas horas, dia e noite, ó bom Jesus? 

Não é verdade que nos surpreenderia tal quadro? Quanto mais nos surpreenderia se Jesus respondesse:

- Perguntas-me que faço? Pois estou aqui chamando à porta deste coração e esperando que me abra, para entrar nele e torná-lo rico e feliz com todas as riquezas e dons do divino amor.

- Há quanto tempo estás chamando e esperando?

- A este coração há mais de um ano, a este outro mais de vinte anos, a este mais de cinquenta...

- E não Te abrem? Não Te cansas de esperar? Não Te afastas ao ver tanta descortesia e ingratidão?

- Não. Espero e volto a esperar, porque meu amor é eterno. Em caridade perpétua te amei.

 Ó meu adorado Jesus. Verdadeiramente nos amas até o fim, ao máximo do amor. Parece, Senhor meu, que se trocaram os papéis, isto é, que Tu és homem, e o homem é Deus, e que não podeis ser feliz sim seu amor. Ó meu Deus, só nossa ingratidão e desvio parece exceder o vosso amor, pois apesar de Te ver tão cheio de amor por nós, não Te amamos, não correspondemos ao Teu amor. Meu Amor, concede-me, pelo menos, que Te abra sempre as portas do meu coração, que corresponda fielmente aos Teus convites, e meu coração e meu amor sejam sempre Teus na vida, na morte e por toda a eternidade. 

Ó meu Jesus, também o mundo, o demônio e minhas concupiscências grita: Vem que te coroaremos de rosas e serás feliz, sendo rico, poderoso, vão e falso.

Mas Senhor, são pais da mentira os que me oferecem isto, e sei que suas ofertas são mentira, são tormento e desgraça. Sei por experiência, porque muitas vezes segui a voz do mundo, do demônio, do pecado; muitas vezes a paz fugiu do meu coração.

Mas Tu és, meu Jesus, Deus de verdade, Deus do meu coração, e chegar a Ti, descansar em Ti achei sempre a paz, alegria, repouso perfeito da alma, completa felicidade. Tem misericórdia de mim, pois já que me chamaste, agora venho a Ti. Não me rejeites ainda que traga um coração ferido pelo mundo e pelo pecado, confesso que só Tu tens a paz para este coração, que é Teu porque o criaste, é Teu porque o redimiste, Teu porque o santificaste.

Que eu seja Teu eternamente por amor: aqui pela luz da fé e lá pela luz da glória. Somente Tu tens palavras de vida eterna, Jesus meu do meu coração. Só Tu tens obras de virtude, de graça e de glória. Guarda, pois, o que é Teu, e salva Teu servo, que remiste com Teu precioso sangue. Amém!

Ó Jesus meu: Eu sempre Te amarei e Tu sempre me amarás. Espero, ó meu  Jesus, amar-Te sempre e por toda a eternidade. Não quero continuar resistindo aos Teus convites.

Santa Teresa

Santa Teresa

Em 28 de março de 1515, Teresa de Jesús nasceu em Ávila , e faleceu em Alba de Tormes , Salamanca, em 1582. Os dados de sua biografia nos fazem pensar que esta mulher, freira carmelita, viveu um longo processo de idas e vindas : doença, luta pessoal, busca, acomodação, crise, conversão ... A profundidade, a força, a estatura humana e cristã, nela, foram forjadas ao passar pelo próprio processo interior , sendo fiel ao que estava descobrindo.

Em 1970 foi proclamada doutora da Igreja, sendo a primeira mulher a receber este reconhecimento, embora séculos antes, Enrique de Ossó , já a tivesse proclamado médica

Santa Teresa

popular, reconhecendo que todos aqueles que a abordavam, encontravam na sua experiência de vida, palavras e ensinamentos, uma forma segura de se aproximar de Jesus.

Muito se escreveu sobre Santa Teresa e podemos aprender muito com sua vida e seus escritos. Na Companhia de Santa Teresa, reconhecemos como um grande presente que Enrique de Ossó nos deu como modelo, companheiro e guia de caminho. Reconhecemos que para nós ela é uma mestra de oração e companheira espiritual, uma apaixonada buscadora da verdade e uma mulher comprometida e apostólica.

Santo Erique

Santo Enrique de Ossó

Em Vinebre, província de Tarragona, Enrique de Ossó nasceu em 1840. Uma criança como todas as outras pessoas da área, mas uma criança que ouviu a mãe antes de ela falecer, o desejo de ser padre. Aos 14 anos, ele foge para Montserrat para encontrar sua outra mãe, e depois pede para entrar no seminário em Tortosa. Aos poucos vai aninhando nele qual será a razão de sua vida, amar Jesus e torná-lo conhecido e amado. O seu desejo começou a desabrochar em Tortosa: «Serei sempre Jesus, seu ministro, seu apóstolo, seu missionário de paz e de amor», e a sua intuição, multiplicando-se: os filhos primeiro e, por eles, a conquista dos homens . Assim começou uma corrente que tinha muitos elos e que sempre buscaria levar todas as pessoas a Jesus.

Santo Enrique

A sua vida foi um desdobramento apostólico que procurou responder a todas as necessidades dos meninos e meninas, jovens, trabalhadores, mulheres ... Do seu amor a Jesus e à sua fiel companheira e professora Teresa de Jesús, nasceram a criatividade e as estratégias para responder a o que tinha antes dele.

Morreu em 1896, aos 56 anos, no Mosteiro Franciscano de Sancti Spiritu (Gilet, Valência), onde se aposentou por alguns dias. Ali, na última oferta daqueles dias de oração, o grande apóstolo e fiel servidor da Igreja, deixou todos os seus projetos e obras nas mãos de Deus. Desde então, o Espírito Santo tornou sua vida fecunda por meio do carisma teresiano de Enrique de Ossó . 

Carisma

Carisma

A espiritualidade teresiana se baseia no itinerário que Teresa de Jesus nos mostrou em sua obra Castelo Interior . Por meio de sete mansões, ele nos conduz à dinâmica do cristão que deseja crescer e amadurecer na fé. O propósito e a meta do itinerário teresiano é que as pessoas descubram o projeto de Deus em suas vidas, desenvolvam suas capacidades e sejam agentes de transformação social.

A Família teresiana recebe da experiência de Santo Enrique, o dom da espiritualidade teresiana que mobiliza pessoa, conduz ao centro, até o mais íntimo do ser onde se descobre a própria dignidade e se vincula e compromete com as pessoas e com a realidade.

Programas de Desenvolvimento fé

Entrar nesta experiência é vivenciar um processo integral  que transforma a pessoa em todas as suas dimensões e relações. Neste caminho, deixamo-nos acompanhar pela experiência de Teresa de Jesus e pelo seu dom de ser mediadora da experiência de Deus para os outros. No processo indicamos as seguintes  fases:

  • Viver com Ele e como Ele

  • Dizer de novo

  • Familiar com o modo ser e fazer de Deus

  • Habituar a entrar dentro

  • Onde estou

  • Convidada a conhecer e a recorrer o meu castelo interior

     Oração, ensino e sacrifício!

Quarto de Hora

Quarto de hora

O livro Quarto de Hora de Oração foi escrito por Santo Enrique de Ossó em 1874. Trata-se de um clássico da literatura espiritual, que mostrou comprovada eficácia em ajudar pessoas de todas as idades a desenvolver uma vida de oração. Santo Enrique percebeu que, no desenvolvimento da vida espiritual, aqueles que iniciam a prática da oração com exagerados esforços acabam por desistir ao longo do caminho.

Como pedagogo e mestre espiritual, Enrique compreendeu que o amadurecimento da vida espiritual se realiza melhor a partir da fidelidade a pequenos gestos cotidianos, como o de dedicar 15 minutos diários à oração. Essa intuição de Enrique ainda é muito adequada aos nossos tempos, em que a ansiosa busca por eficácia, produtividade e economia, afeta

Livro: O Quarto de Hora de Oração

diretamente nossa percepção do tempo, tornando-nos mais impacientes e dispersos. Nesse contexto, o Quarto de Hora de Oração, surge como uma alternativa leve e acessível à maioria das pessoas, mesmo em meio aos afazeres cotidianos.

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